A Polícia Civil da Bahia está investigando a morte de uma moradora de
Barreiras, a 830 km de Salvador, que pode ter sido causada pela
aplicação de um alisante e relaxante capilar. A dona de casa Maria
Cleide Lopes da Silva, de 36 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira
(3), no Hospital Eurico Dutra.
O produto a base de guanidina, sódio e lithium foi aplicado no dia 25
de dezembro pelo cabeleireiro e marido da vítima, Matire Oliveira, de 46
anos. "Eu dizia a ela que não usasse esse produto, mas ela gostava do
efeito dele", explicou o cabeleireiro, acrescentando que a esposa fazia
relaxamento com o produto, da marca Salon Line, há pelo menos 10 anos.
O marido também contou à polícia que a mulher só começou a sentir febre
e dores no corpo no dia 30 e chegou a passar por unidades de saúde do
município, mas só foi internada nessa quinta (2) no Hospital Eurico
Dutra.
O atestado de óbito de Maria Cleide relata que uma intoxicação seguida
de um choque anafilático foram a causa da morte. No entanto, o delegado
titular de Barreiras, Francisco Carlos de Sá, responsável pelo
inquérito, solicitou exames à perícia para comprovar se o produto
apresentado pela família realmente provocou o óbito.
Ainda segundo o delegado, o fabricante e o fornecedor do alisante serão
convocados a prestar depoimento. A Vigilância Sanitária de Barreiras já
iniciou uma retirada dos produtos do comércio local. A reportagem
do NE10 Bahia não conseguiu contato com o fabricante. (NE10)